O número de casos confirmados de sífilis na Paraíba cresceu 8.850%, entre 2010 e 2017. Os dados do Ministério da Saúde são debatidos nesta sexta-feira (30) em um encontro com secretários de saúde de 66 municípios paraibanos. O número de infectados por sífilis passou de 12 (em 2010) para 1.074 (em 2017) e apenas 15% das unidades básicas de saúde aplicam o medicamento da infecção no estado.
O objetivo é informar aos representantes da saúde municipal sobre duas notas técnicas que envolvem o direito à saúde de pessoas encarceradas e o acesso ao tratamento de infecções sexualmente transmissíveis.
A primeira nota técnica traz orientações sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (Pnaisp), no âmbito do SUS. O documento é uma construção do Grupo de Trabalho sobre a Saúde de Pessoas Encarceradas, do Ministério Público da Paraíba, e por representantes das secretarias de Saúde do estado e dos municípios, da Universidade Federal da Paraíba, do Ministério da Saúde, do Grupo Condutor da Pnaisp e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).
O MPPB quer incentivar os gestores de saúde do Estado e dos municípios elegíveis a aderirem à Pnaisp. Com isso, Estado e municípios devem promover o cuidado integral, facilitando o acesso das pessoas privadas de liberdade à Rede de Atenção à Saúde.
Esses objetivos seriam alcançados com a oferta da atenção básica por meio das equipes interdisciplinares das unidades básicas de Saúde e de demais ações e serviços de saúde previstos e pactuados na Rede de Atenção à Saúde. A nota técnica detalha a adesão dos gestores e cadastramento e habilitação das equipes. Os procedimentos garantem o financiamento federal.
No mesmo evento, será apresentada aos gestores de Saúde a nota técnica conjunta, assinada por membros do MPPB, MPF, Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Conselho Regional de Enfermagem e Cosems-PB.
FONTE:https://g1.globo.com