Primeiro trimestre de 2025 tem 12 feminicídios registrados na Paraíba
Além dos feminicídios registrados no primeiro bimestre, outras 10 mulheres foram assassinadas por outras motivações.
Por Luana Araújo
Publicado em 26/04/2025 08:27
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No primeiro trimestre de 2025, a Paraíba registrou 12 feminicídios, em diferentes cidades, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social (SESDS). Foram 3 feminicídios registrados no mês de janeiro, seis no mês de fevereiro e mais três em março.

Os casos foram registrados em Cajazeiras, Coremas, Araçagi, Campina Grande, Conde, Cuité, João Pessoa, Mulungu, Patos e Pilões.

Além dos feminicídios registrados no primeiro trimestre, outras 10 mulheres foram assassinadas por outras motivações, sendo oito homicídios dolosos e dois latrocínios.

Em relação ao primeiro trimestre de 2024, o aumento é de 50%, com três casos a mais registrados em 2025.Feminicídios registrados em 2025

Mês de março registrou um pico de feminicídios, com seis casos
JaneiroFevereiroMarço2,533,544,555,566,5
Janeiro
 : 3
Fonte: SESDS

Em 2024, 25 mulheres foram assassinadas na Paraíba, simplesmente, por serem mulheres. Cerca de duas mulheres foram vítimas de feminicídio por mês no estado.

O acompanhamento do g1 é feito mês a mês com base em dados da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds) solicitados via Lei de Acesso à Informação.

 

Feminicídios em 2024

 

Apesar do número do ano passado ainda ser alto, em relação a 2023, houve uma queda de 26,47% no número de casos, quando 34 feminicídios foram contabilizados no estado.

Avaliando mês a mês, o período do ano mais violento para mulheres foram os meses de fevereiro e setembro, com 4 e 5 feminicídios, respectivamente. Houve apenas um mês (agosto) em que nenhum feminicídio foi registrado.Em março de 2015, a Lei nº 13.104 foi sancionada incluindo o feminicídio no rol dos crimes hediondos. Em 2024, uma nova legislação, a Lei 14.994, tornou o feminicídio um crime autônomo e estabeleceu outras medidas para prevenir e coibir a violência contra a mulher. Conforme a lei, o feminicídio é o assassinato de mulheres por razões da condição do sexo feminino.

Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher. A pena para os condenados pelo crime de feminicídio pode chegar 40 anos de prisão, maior do que a incidente sobre o de homicídio qualificado (12 a 30 anos de reclusão).

Feminicídios registrados na Paraíba em 2024

Acompanhe os casos mês a mês
114411221133110055113333JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro0123456
Fonte: SESDSOs crimes aconteceram nas cidades de João Pessoa (4), Campina Grande (2), Marizópolis (2), Patos (2), Aparecida (1), Bonito de Santa Fé (1), Cabedelo (1), Fagundes (1), Itaporanga (1), Malta (1), Massaranduba (1), Montadas (1), Monteiro (1), Nova Floresta (1), Paulista (1), Santa Rita (1), São José de Piranhas (1), São Vicente do Seridó (1) e Sousa (1).
Conforme o levantamento do Núcleo de Dados da Rede Paraíba de Comunicação, a maioria dos crimes foi cometido por homens que mantinham ou mantiveram algum tipo de relacionamento com a vítima. Além disso, a maioria das mulheres foi assassinada por disparos de arma de fogo.
Além dos feminicídios, 41 mulheres foram vítimas de homicídios dolosos.
Homicídios dolosos contra mulheres em 2024 - mês a mês
41 mulheres foram vítimas na Paraíba
JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro01234567
Fonte: SESDS

Como denunciar

 

Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:

197 (Disque Denúncia da Polícia Civil)

180 (Central de Atendimento à Mulher)

190 (Disque Denúncia da Polícia Militar - em casos de emergência)

Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e iOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.

As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.

FONTE:https://g1.globo.com

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